A Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau realizou, com sucesso, o teste de autorrestabelecimento, chamado de Black Start, de 2018. Em 18 minutos, os profissionais promoveram a recomposição da Usina através de 13 unidades geradoras (UGs) da Casa de Força da Margem Esquerda. O teste anual é uma exigência prevista nos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para usinas estratégicas. O objetivo é assegurar e comprovar a capacidade das UGs de iniciar o seu restabelecimento sem necessidade de qualquer fonte de energia externa após desligamento total do sistema elétrico, o famoso blecaute (apagão). Para que o teste seja aprovado, uma usina hidrelétrica deve realizar o autorrestabelecimento em, no máximo, 30 minutos.
Para o teste, as UGs são desligadas para simular um apagão. A partir daí o grupo diesel de emergência parte automaticamente, o que proporciona a entrada em operação da primeira UG, que por sua vez passa a alimentar todos os serviços auxiliares da Usina, dando condições para que as demais UGs sejam sincronizadas e assim haja energização da linha de transmissão, que vai da Usina até a Subestação Coletora de Porto Velho.
O Gerente de Operação da Usina Jirau, Marcelo Fonseca, ressalta que o resultado no teste é “fruto do trabalho de todos os empregados da Manutenção, Operação, Engenharia, Planejamento e de todas as áreas que trabalham para que as UGs estejam em condições adequadas para serem sincronizadas sempre que necessário”.
O Coordenador em Tempo Real, Filipe Ribeiro, completa falando que “o alto nível de conhecimento e a comunicação entre o pessoal do campo e da Sala de Controle foram fundamentais para a excelência do teste e evidenciaram a harmonia do trabalho em equipe”.

Testes anteriores
O contrato de concessão da UHE Jirau, não contava com a prestação de serviço de autorrestabelecimento. Em casos de blecaute, a Usina ficaria na retaguarda (no jargão utilizado pelo setor elétrico). A solicitação do teste autorrestabelecimento (Black Start) partiu do próprio ONS. No primeiro teste, realizado em fevereiro de 2015, a UHE Jirau precisou de 53 minutos para reestabelecer as UGs, tempo reduzido para 42 minutos no teste realizado dez meses depois. O recorde foi registrado em junho de 2016, com 16 minutos.